Bandeira

     A bandeira da Guiné-Bissau foi adotada em 24 de setembro de 1973 tendo sido influenciada pela bandeira de Gana. O vermelho representa o sangue dos mártires, o trabalho, a luta e o sofrimento passado durante o período de colonialismo e representa também a guerra pela independência. O amarelo representa a riqueza mineral e simboliza as conquistas do trabalho e da colheita que asseguram o bem-estar. O verde representa as florestas, naturezas tropicais e a esperança por um futuro melhor. A estrela preta localizada na parte vermelha da bandeira é a estrela Negra da África, conhecida também como estrela de cinco pontas, que é considerada como o símbolo da África, seu povo, sua dignidade, paz e liberdade.

O processo de desenvolvimento da literatura guineense

Dentre as antigas colônias portuguesas, a Guiné-Bissau é o país onde a literatura mais demorou a se desenvolver. Esse atraso aconteceu devido o fato de ser uma colônia de exploração e não de povoamento, estando submetida ao governo geral da colônia de Cabo Verde por um bom tempo. A Guiné Bissau apresenta quatro diferentes fases de sua literatura: uma primeira fase anterior a 1945, uma segunda entre 1945 e 1970, uma outra entre 1970 e o fim dos anos 1980 e finalmente a fase iniciada na década de 1990. Para analisá-las é importante saber que a Guiné-Bissau é um país que foi colônia de Portugal desde o século XV e se tornou independente em 1973, sendo a primeira colônia portuguesa a conseguir independência.

Fase anterior a 1945 => Durante esse período Cónego Marcelino Marques de Barros teve destaque, o que ele escrevia era caracterizado por uma abordagem paternalista e próxima do discurso colonial. Fase entre 1945 e 1970 => Nesse período surgem os primeiros poetas guineenses, dentre os mais conhecidos estão Vasco Cabral e António Baticã Ferreira. A literatura desse período é caracterizada pela poesia de combate, que criticava a miséria, o domínio e a péssima qualidade de vida que ele gerava e a luta pela independência.

Fase entre 1970 e fim dos anos 1980 => Alguns dos poetas mais marcantes desse período foram Agnelo Regalla, António Soares Lopes (Tony Tcheca), em suas obras eles apresentavam um caráter mais social. Com a independência em 1973, a literatura da época começou a abordar temas como a construção de uma nação e a luta por um futuro melhor.

A partir da década de 1990 => Alguns dos poetas mais marcantes desse período foram Agnelo Regalla, António Soares Lopes (Tony Tcheca), em suas obras eles apresentavam um caráter mais social. Com a independência em 1973, a literatura da época começou a abordar temas como a construção de uma nação e a luta por um futuro melhor.

Depois desses quatro períodos da poesia, em 1993 a prosa começou a ser desenvolvida por Domingas Sami. A literatura atual da Guiné-Bissau aborda constantemente os mesmos temas, ela retrata as desilusões, os medos e os desejos da população perante a situação política, social e econômica presente no país.

Poeta e Músico

Nascido em 6 de Dezembro de 1949, José Carlos Schwarz foi um poeta e músico guineense, amplamente reconhecido como um dos mais importantes e notáveis músicos da Guiné-Bissau.

Ele escreveu em português e francês, porém cantava em crioulo. Em 1970 formou o ''Combiana Djazz'', banda composta por um grupo de amigos.

Após a independência da Guiné-Bissau, Schwarz tornou-se o diretor do departamento de artes e cultura e também o responsável pela política de infância guineense.

Em 1977 iniciou sua carreira na Embaixada da Guiné-Bissau em Cuba. No dia 27 de maio do mesmo ano, Schwarz morreu em acidente de avião próximo a Havana.

Culinária

O povo brasileiro adora um bom prato de arroz e feijão, mas não são todos os países da língua portuguesa que compartilham dessa cultura. Na Guiné-Bissau assim como no Brasil, o arroz e o feijão fazem parte da sua culinária mas não possuem o mesmo destaque que o caldo de amendoim, prato mais típico do país. Este é feito com amendoim moído, carne bovina e frango. 

Além desses pratos, a culinária é composta por receitas à base de frutos do mar, o país é conhecido por possuir as maiores ostras do mundo. O tieboudienne servido com arroz e legumes cozidos é muito conhecido no Senegal mas também é popular na Guiné-Bissau.

Educação: estudantes guineenses conseguem renovar visto no Brasil

Aproximadamente 200 estudantes da Guiné-Bissau matriculados em  faculdades de Fortaleza foram autorizados a continuar no Brasil após terem seu vistos renovados.
A não renovação ocorreu devido a uma atitude inadimplente dos alunos, que, não conseguiram liberar os documentos escolares exigidos pela Polícia Federal. Havia o risco dos estudantes serem deportados, pois de acordo com as leis do país, pessoas com passaporte de estudante devem pagar as mensalidades escolares para serem consideradas legalizadas.
A inadimplência pôde ser entendida por dois motivos. O primeiro é que, a defasagem na taxa de câmbio usada na época da contratação dos cursos elevou os preços das mensalidades. O segundo é que, devido a crise política iniciada pelo golpe de estado no país africano, em 12 de abril deste ano, houve uma dificuldade por parte das famílias de enviar dinheiro para investir nos estudos de seus filhos.
Os alunos se encontravam em situação de ilegalidade. Mesmo assim, permaneceram no Ceará por meio de uma limiar conseguida através de uma ação civil pública do Ministério Público Federal. Houve o entendimento de que não há empecilhos para a renovação dos vistos dos guineenses, atraídos ao país pela chance de investir na formação profissional qualificada.
Para resolver a situação de irregularidade, os estudantes devem procurar a Polícia Federal, levando seus passaportes, para regularizar sua permanência no Brasil.