Aproximadamente 200 estudantes da Guiné-Bissau matriculados em faculdades de Fortaleza foram autorizados a continuar no Brasil após terem seu vistos renovados.
A não renovação ocorreu devido a uma atitude inadimplente dos alunos, que, não conseguiram liberar os documentos escolares exigidos pela Polícia Federal. Havia o risco dos estudantes serem deportados, pois de acordo com as leis do país, pessoas com passaporte de estudante devem pagar as mensalidades escolares para serem consideradas legalizadas.
A inadimplência pôde ser entendida por dois motivos. O primeiro é que, a defasagem na taxa de câmbio usada na época da contratação dos cursos elevou os preços das mensalidades. O segundo é que, devido a crise política iniciada pelo golpe de estado no país africano, em 12 de abril deste ano, houve uma dificuldade por parte das famílias de enviar dinheiro para investir nos estudos de seus filhos.
Os alunos se encontravam em situação de ilegalidade. Mesmo assim, permaneceram no Ceará por meio de uma limiar conseguida através de uma ação civil pública do Ministério Público Federal. Houve o entendimento de que não há empecilhos para a renovação dos vistos dos guineenses, atraídos ao país pela chance de investir na formação profissional qualificada.
Para resolver a situação de irregularidade, os estudantes devem procurar a Polícia Federal, levando seus passaportes, para regularizar sua permanência no Brasil.
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